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Acidente Vascular Cerebral

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** Autora: Dra. Maramelia Miranda, neurologista vascular, especialista em AVC, é médica assistente da Neurovascular do Hospital São Paulo – UNIFESP/EPM, e também atua nos Hospitais São Luiz Morumbi e Albert Einstein, em S. Paulo, SP.

Tags: AVC, derrame, isquemia cerebral, acidente vascular cerebral, avc isquêmico, avc hemorrágico, AVCI, AVCH, hemorragia cerebral.


O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como AVC, isquemia ou derrame cerebral, é a segunda doença que mais mata os brasileiros, e a principal causa de incapacidade no mundo.

Aproximadamente 70% das pessoas não retorna ao trabalho após um AVC devido às suas sequelas, e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia. Pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças, mas costuma ser mais frequente em mais idosos e pessoas com problemas cardiovasculares.

A incidência de AVC vem crescendo cada vez mais entre os jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos de 55 anos, e a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) prevê que uma a cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo de sua vida.


O QUE É O AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos – artérias ou veias, do cérebro. Classicamente, o AVC pode ser dividido em dois tipos:

-AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC.

-AVC hemorrágico: causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).


O AVC TEM TRATAMENTO!!!!

Com a prevenção, podemos reduzir muito o risco de AVC. Mas se ele ocorrer, atualmente o AVC tem tratamento. No tipo isquêmico, baseia-se na terapia de reperfusão, ou seja, desobstrução do vaso cerebral ocluído, normalizando a circulação cerebral. Os métodos de reperfundir podem ser com medicamento, o trombolítico, que tem a capacidade de desmanchar, dissolver o coágulo que entope a circulação; ou por cateterismo, com o uso de cateteres dentro da artéria cerebral, puxando o coágulo da artéria obstruída.

Quanto mais rápido conseguirmos iniciar o tratamento, mais chance temos de salvar os neurônios que estão em sofrimento, diminuindo muito ou até evitando, melhorando totalmente os sintomas iniciais do AVC.


COMO RECONHECER OS SINTOMAS DE UM AVC?

Início súbito de algum dos sintomas abaixo:

Se você ou alguém que você conhece TIVER ALGUM destes sintomas – NÃO ESPERE MELHORAR!!! CORRA URGENTE PARA UM HOSPITAL!!! Anote o horário exato do começo dos sintomas, que será útil para aplicar os tratamentos.

A sigla SAMU resume como se reconhecer um AVC:

— Mande a pessoa dar um Sorriso, e se a boca estiver torta, pode ser um AVC

— Mande a pessoa te dar um abraço, e se um dos braços cair, pode ser um AVC

— Mande a pessoa falar uma frase, mensagem, música, e se a pessoa falar enrolado, estranho, pode ser um AVC

IMPORTANTE: Não adianta levar a pessoa com suspeita de um AVC a uma UBS, Postinho de Saúde ou UPA. Tem que ir a um local com estrutura de atendimento ao AVC, que é um HOSPITAL, e que tenha tomografia do crânio 24 HORAS POR DIA!!!!!

LIGUE imediatamente para o número 192 (SAMU), ou para o serviço de ambulância de emergência da sua cidade, para que possam enviar o atendimento até você.

Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos sintomas, o trombolítico, que dissolve o coágulo, pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo a chance de sequelas. Se houver um trombo em uma grande artéria do cérebro, a trombectomia (retirada do trombo por cateterismo) pode ser realizada!


PARA COMBATER E PREVENIR O AVC, A SBDCV TEM ALGUNS OBJETIVOS JUNTO À POPULAÇÃO, ESTIMULANDO AS PESSOAS:

  1. Que conheçam seus fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto ou fibrilação atrial
  2. Que sejam fisicamente ativas e exercitem-se regularmente.
  3. Que se evite o ganho de peso e a obesidade, mantendo uma dieta saudável.
  4. Que se limite o consumo de álcool.
  5. Que evitem o uso do cigarro.
  6. Que todos aprendam a reconhecer os sinais de alerta de um AVC.


PARA SABER MAIS…

Fatores de risco para o AVC

Recursos educacionais e materiais sobre cuidados ao paciente que teve um AVC

AVC e Forame Oval Patente

Reabilitação e Exercícios após um AVC

Encontre um profissional Neurologista especialista em AVC na sua cidade – AQUI